segunda-feira, março 15, 2004

O Material dos sonhos de todo Voyeur

Para quem achava que não havia mais nada para inventar, um tal Áron Losonczi divulgou ter inventado um tipo de concreto transparente. Uma idéia tão revolucionária (segundo dizem) para a decoração quanto ridiculamente simples: trata-se de uma estrutura de concreto com milhares de fibras óticas paralelas que correm transversalmente à parede, permitindo a passagem de luz e, portanto, de imagens, de um lado para outro. Não é exatamente tranformar o concreto em vidro (especialmente pela imagem divulgada), mas é um começo. Além do mais, imagino que a técnica possa ser usada com outros materiais, com o quê finalmente os submarinos poderão ter aquilo que o SeaView (ou "civil", segundo os não-anglófonos) já tinha nos longínquos anos sessenta: um par de imensas janelas na ponte de comando que permitiam ao comandante da embarcação ver o caminho por onde navegava sem obrigar todos os tripulantes a usarem escafandros...

Falando no Seaview, veja só até onde vai o fanatismo de alguns fãs mais dotados de habilidades artísticas (tipo o Tocha, para quem o conhece...)

sábado, março 06, 2004

O Post de hoje não foi aqui...

O amigo Rique, no seu Sagan Station, inadvertidamente, abriu uma polêmica danada com um post sobre o fechamento dos bingos. Deixei um post por lá que pensava em colocar aqui, mas não teria muito mais a escrever sobre o assunto do que o fiz lá. Então, se quiser saber o que eu penso sobre esse assunto, clique no link e procure meu comentário entre os 27 (até agora) que estão por lá. Se quiser comentar aqui, fique à vontade :-)

É para dar ocasião a quebra-paus como esse, que acabam - acho - por fazer as pessoas repensarem suas posições, que eu acho que um Blog vale a pena. Disse lá e digo aqui de novo: valeu, Rique!

Informa a Filial do Sagan Station

Brincadeira, Rique, mas esta é especial para você: os cientistas que operam o Hubble divulgaram hoje uma foto tirada pelo telescópio orbital que se parece muito (dependendo da boa vontade do observador) com o quadro "Noite Estrelada", do Van Gogh.
Isso me faz lembrar de uma aula de francês na Aliança Francesa, na qual discutíamos o Impressionismo, ao qual fui tecnicamente apresentado na ocasião. Discutíamos a ânsia dos impressionistas em pintar o que viam, como viam, de modo tão obssessivo que chegavam a pintar a mesma cena em horas diferentes do mesmo dia e em épocas diferentes do ano apenas para captar as nuances de cor e tons de cada ocasião. Monet, no fim da vida, já meio cego, não conseguia mais pintar algo discernível na tela justamente porque insistia em pintar o que via, que não era muito nítido... Desde então eu me pergunto se o que eles viam (como o céu azul fulgurante do quadro do Van Gogh, ou a Londres brumosa com a Torre do Relógio se misturando à névoa num Monet) era mesmo o que eles pintavam ou eles fingiam ver as coisas de uma maneira diferente (se for verdade, haja absinto...). Hoje, essa foto me faz pensar se eles não viam, conscientes, algo que nós só vemos com um equipamento caríssimo orbitando o planeta.

Mas divago...

Abraços aos 3 leitores fiéis que têm tolerado esse hiato indesejável e indesejado no Blog.

PS: Tocha, essa foi curtinha, hehehe.

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